Radialista quer protagonismo absoluto para não dividir atenções e evitar ameaças.
Disposto a disputar a prefeitura de Dourados nas eleições de outubro, o ex-deputado e radialista Marçal Filho busca meios para ser o candidato único de oposição ao atual prefeito Alan Guedes (PP), que deve buscar a reeleição. Sem uma legenda, após deixar o PP (Partido Progressistas), o ex-parlamentar não pretende ingressar em um partido “inflado” para não dividir o protagonismo.
Marçal, inclusive, já deixou claro a interlocutores, até mesmo na mídia, que deixaria o PSDB no dia seguinte, caso tivesse que disputar espaço com o também pretenso candidato e atual vice-governador, Barbosinha (PP). O radialista praticamente fez uma ameaça à direção do PSDB, colocando o diretório entre a “cruz e a espada”. Como se chegasse ao presidente do partido e dissesse que o palco é dele, e só dele.
Em outras eleições Marçal também cogitou possibilidade de ser candidato a prefeitura de Dourados, mas essa pretensão nunca se concretizou. Nas rodas políticas os comentários são de que “é difícil fazer um acordo com o Marçal” e, mais uma vez, o pacote de exigências é apresentado. Muitos discordam, entretanto, que a velha história possa se repetir. Outros acreditam que vai ficar novamente, na pretensão.
Recentemente o deputado estadual Zé Teixeira, presidente do diretório Municipal do PSDB, rasgou elogios a Marçal Filho, “apadrinhando” sua corrida pela candidatura a prefeitura. “Conheço ele desde criança”, justificou Teixeira, confirmando inclusive que estaria buscando apoio em outros partidos, como o União Brasil, do ex-prefeito Murilo Zauith. Como diriam algumas lideranças políticas, o Marçal seria hoje o “pupilo” de Zé Teixeira.
Essa “unção” mais uma vez se comprova por meio de publicações na imprensa, via coluna “Malagueta”, assinada pelo jornalista Marcos Santos, de que “o radialista Marçal Filho deixou claro que aceitaria se filiar ao PSDB desde que a legenda seguisse sob o comando de Zé Teixeira”.
Commenti