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  • Foto do escritorAlípio Neto

CC Itamaracá Resgata Brincadeiras Antigas e Promove a Conscientização Ambiental

Rolos de papel higiênico, tampinhas de garrafa pet, barbantes, papelão e palitos de picolé deram vida às marionetes e jogos educativos produzidos com o auxílio dos educadores e técnicos


Um projeto desenvolvido durante o ano no Centro de Convivência Itamaracá com a proposta de incentivar a conscientização ambiental, ganhou cara nova neste Mês das Crianças e resgatou brinquedos antigos, que em décadas passadas fizeram a alegria dos pais e avós das 40 crianças que frequentam o Serviço de Convivência Fortalecimento de Vínculos da unidade.


Rolos de papel higiênico, tampinhas de garrafa pet, barbantes, papelão e palitos de picolé deram vida às marionetes e jogos educativos produzidos com o auxílio dos educadores e técnicos, que despertaram a curiosidade das crianças, acostumadas às diversões tecnológicas.


Foi assim com Maria Clara Dias, 12 anos, que há nove meses frequenta o CC Itamaracá. Foi lá que ela ouviu sobre sustentabilidade pela primeira vez e hoje compartilha as boas ideias com a família. “Agora em casa juntamos toda semana garrafas de leite e refrigerante para levar no Centro de Convivência e usar nas atividades”, afirmou.


Sobre os brinquedos que aprendeu a fazer, ela destaca o shisima, um jogo de origem queniana semelhante ao jogo da velha, que desenvolve o raciocínio lógico e pode ser feito com papelão e tampinhas de garrafa pet. “Acho legal conhecer brinquedos antigos, é diferente. Assim a gente aprende coisas novas e faz amizades porque brincamos em grupo”, pontuou.


Também feliz com a oportunidade de levar o brinquedo que produziu para casa, Murilo Henrique Vieira Machado, 9 anos, tem preferência pelo bilboquê, brinquedo antigo que consiste em uma esfera de madeira, com um orifício central, presa por uma corda a uma espécie de suporte. Através do movimento das mãos, essa bola deve ser encaixada no suporte. Na época de nossos avós, muita gente se machucava, já que a esfera era de madeira compacta e maciça, mas com os recicláveis, o brinquedo ficou leve e garante a diversão sem machucados.


“Acho importante conhecer esses brinquedos porque muitos a gente faz em grupo e conhece novos amigos”, disse.



Meio ambiente


A coordenadora da unidade, Fernanda Bazanela, explicou que durante o ano a educadora social Vanilde José de Oliveira e a técnica de atividades socioculturais Nilaine Nunes, trabalharam com a turma do SCFV a conscientização ambiental por meio de projetos e ações com foco na reciclagem de materiais.


No CC, além da separação de materiais para a coleta seletiva de lixo, realizada pela empresa responsável pela gestão da limpeza urbana da Capital, também há um dia específico para as crianças levarem materiais recicláveis separados pelos educadores para a produção de atividades e até decoração dos eventos realizados na unidade. O próximo projeto já está em andamento e promete muita criatividade na decoração natalina para os eventos de final de ano do Centro de Convivência.


“Como parte da programação do mês das crianças, tivemos a ideia de confeccionar brinquedos visando unir, de maneira educativa, a reutilização de materiais que seriam descartados. O bom é que também incentivamos o ato de brincar coletivo por meio do resgate de brincadeiras infantis que muitas crianças desconhecem”, pontuou Fernanda.


Os profissionais que atuam nas unidades da SAS e que trabalham com o público infantil, tanto nos Cras quanto nas unidades de acolhimento, têm a preocupação de elaborar ações que resgatam a cultura lúdica, mas também trabalhar o desenvolvimento integral da criança, estimulando seus aspectos motores, cognitivos, psicológicos, afetivos e sociais.


“Os planos de trabalho são pensados para fortalecer os vínculos familiares, mas também levar informações novas às crianças, que elas possam compartilhar em casa e se tornarem agentes transformadores do meio em que estão inseridas. Além de desenvolver o lado criativo, esse tipo de atividade é fundamental na formação de cidadãos conscientes e responsáveis”, ressaltou o superintendente de Proteção Social Básica da SAS, Artêmio Versoza.

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